Uma pesquisa que envolveu um total de 13.745 mulheres moçambicanas no âmbito do Inquérito Demográfico e de Saúde-2011 revela que pelo menos um por cento delas não quer ter filhos.

A pesquisa, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), refere, no entanto, que 85% de mulheres ainda não mães afirmam querer ter uma criança e 4% dizem querer ter apenas um rebento, “mas preferem esperar dois ou mais anos antes de tê-lo”.

A pesquisa contemplou mulheres com idades entre 15 e 49 anos, sem, contudo, revelar as causas daquelas preferências.

No entanto, o mesmo estudo acrescenta que a proporção de mulheres que declararam não querer mais filhos incrementa rapidamente à medida que aumenta o número de crianças vivas, de 6% entre mulheres com um rebento, para 59% entre as que têm seis ou mais filhos.

Paralelamente à proporção de mulheres que gostariam de ter um filho diminui imediatamente de 42% entre as que têm uma só criança, até 14% entre as mulheres que já têm seis ou mais crianças nascidas vivas, segundo ainda o Inquérito Demográfico e de Saúde-2011.

O desejo de constituir uma família numerosa explica “a elevada fecundada que caracteriza a população moçambicana”, conclui o documento, acrescentando que o Índice Sintéctico de Fecundidade (ISF) de Moçambique é de 5,9 pontos, ou seja, uma média de dois filhos.

Entretanto, nas zonas rurais, “as mulheres têm uma média de duas crianças mais do que as das zonas urbanas”, acrescenta igualmente o documento do Instituto Nacional de Estatística.