Um evento muito macabro despertou minha atenção sobre este tema, que embora seja ignorado pelas massas e por muitos tido como crendice popular, é real e está bem debaixo do nosso nariz: A Magia Africana. Este artigo fala de magia africana de forma bastante genérica, não há pretensões comprobatórios aqui.

Os moçambicanos e africanos no geral, principalmente nas zonas rurais, lidam com as questões de curandeirismo e feitiçaria de forma bastante natural. São heranças dos nossos antepassados que viveram até ao último dia das suas vidas acreditando e vivendo com base nelas.

Hoje, assume-se que pelos facto dos antepassados não terem deixado nenhum guia definitivo de como lidar com a herança deixada por eles (diferente do que acontece no cristianismo, onde diz-se que Deus deixou a bíblia, que é considerada a sua palavra suprema), há necessidade de se entrar constantemente em contacto com os defuntos.

Todos nós já ouvimos casos surpreendentes de manifestações sobrenaturais nas palhotas dos Bhavas e não só. Temos muitos testemunhos surpreendentes de cura e milagres, onde que todo o mérito vai para os sacrifícios de animais e cerimónias especiais dedicadas aos antepassados.

Mesmo que para a comunidade científica, esses casos de “prodígios” não passem de pura coincidência ou efeito placebo. Mesmo que para a comunidade cristã essas práticas sejam completamente anti-bíblicas e incompatíveis com a sua crença. Em todos os anos vemos os nossos dirigentes fazendo o famoso Kuphalha…. Isto faz mesmo parte dos nossos dias.

Mas o que certamente não é comum e que desafia todas as possíveis leis da ciência e até mesmo as próprias limitações da medicina tradicional é a ressurreição.

Assume-se que uma vez morta, a pessoa está morta, e mais nada…

Os últimos relatos de ressurreição testemunhados e aceites por muitos grupos estão na Bíblia, o resto sempre teve uma explicação médica plausível ou então eram simples charlatanices.

O mais próximo de uma ressurreição que alguma vez eu já vi, foram os casos de magia negra na Indonésia, onde bruxos locais desenterravam os corpos esqueléticos das pessoas e faziam caminhar por si sós. Eles alegam que os corpos eram movidos pelo espírito dos seus antigos “proprietários”, que mostravam o caminho para certos lugares.

Corpo Ressussitado
Corpo Ressussitado na Indonesia

Mas eu acho que não temos porquê perder tempo com isto não é mesmo? Eu posso não ter experimentado a ressurreição, mas sem dúvidas não é nada parecida com isso.

Os telejornais nacionais noticiaram o caso de um jovem que teria entrado morto no necrotério à noite e saído “vivinho da Silva” de manhã.

How is That Possible?

Esse é um assunto que está além dos meus conhecimentos pobremente humanos, mas talvez se eu contar a história você encontre sozinho a resposta….

Contam as vozes que uma família tem vivido dias de terror devido a acontecimentos macabros gerados pela senhora mãe da casa. As bizarrices partem de jibóias que aparecem do nada e estrangulam os moradores da casa (filhos, noras e netos), roupa que entra em auto-combustão – sim, a roupa pega fogo sozinha. Até mortes seguidas de membros distantes da família, doenças repentinas que atacam alternadamente os residentes da casa. E era esperado que terminassem com morte e ressurreição de um jovem senhor, filho da senhora em questão. Mas não foi isso que aconteceu…

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A senhora que é acusada de ser a responsável por toda esta desgraça, escapou por muito pouco de ser apedrejada pela vizinhança que não tolera feitiçaria. Ela reconhece que é responsável por todos os eventos estranhos que afligem aquela família, mas diz não se lembrar como e onde ela foi buscar a bagagem que permite que ela tenha esse “Poder”. Tudo o que ela sabe dizer é que o melhor que todos podem fazer é abandonar a casa e cuidar das suas vidas longe dali. Essa seria uma solução se a população, depois de ver os planos de linchamento frustrados, não quisesse a todo o custo que a “senhora feiticeira” abandone o bairro para sempre.

Então. Como eu ia dizendo… foi essa senhora que ao receber de sua nora a informação de que uma jibóia havia estrangulado seu filho até à morte, tratou de ir no dia seguinte à morgue ressuscitar o filho.

Depois de sofrer o estrangulamento, ele foi levado ao hospital onde foi decretado o óbito e seu corpo enviado para a morgue, e foi nessa noite que a família tomou conhecimento da infelicidade.

Na manhã seguinte, a mãe do jovem (a feiticeira) seguiu com sua nora (esposa do falecido) a caminho do hospital, esta segunda recebera ordens de que deveria levar roupa para vestir o malogrado, e assim o fez.

Chegados ao local, a senhora ordena que a filha fique do lado de fora da morgue, assim como as pessoas que estava presentes no local e minutos depois saiu com o filho nu caminhando ao seu lado…

A esposa do moço estupefacta, procurou saber como aquilo foi possível – tudo que ela ouvia era: Unga ni vutisse ntxumo, mu yambexi mpalha hita muka – Não me pergunta nada, vista-o para irmos embora.

Perguntados sobre este caso, os médicos negam que aquele homem tenha dado entrada na morgue… But Why?

O vivo-morto não lembrava de nada do que aconteceu, estava bastante fraco e parecia um zumbi de Resident Evil (dos jogos), não daquela trilogia inútil de filmes… estava moribundo e mal conseguia falar. Era preciso fazer um certo tratamento que só aquela senhora sabe fazer, mas ela encontrava-se desaparecida.

Para o alívio de todos ela reapareceu e fez o que deveria fazer, o jovem voltou ao normal, foi ao trabalho, mas depois teve uma recaída, depois melhorou, e é um loop infinito.

Agora outros membros continuam a ter ataques estranhos, vêm animais, adoecem, enfim… é um efeito dominó…

O prato está servido…