Docentes da Era Internet

Este artigo vai causar algum mau estar a  muitas pessoas, mas alguém tinha que falar. So let’s begin.

Eu sou estudante, convivo com estudantes, tenho colegas professores, uma grande parte dos leitores do nosso blog é composta por estudantes e docentes. Todos os dias eu interajo com todos eles on ou offline. Tudo isso para dizer que tenho conhecimento e experiência sobre o tema que vou tratar hoje.

Caro estudante, quantas vezes você já recorreu ao Google para fazer seu trabalho de defesa em tempo recorde? Várias não é? O facto é que a tecnologia actual permite que poupemos tempo indo à biblioteca só para procurar alguns parágrafos de um livro, e muitos de nós preferimos usar a Internet para nos auxiliar nos nossos trabalhos académicos. É óbvio que essa prática não é ao todo saudável mas não tenho porque vir com hipocrisia aqui, eu faça a minha vida com a Internet.

Mas quantas vezes você ficou horas e horas a procurar e não encontrou nada do que queria? Foram várias! Principalmente quando se trata de temas directamente relacionados a Moçambique. Porque?

Muitos docentes são como você meu amigo. As aulas são todas tiradas da Internet, as brochuras, as ditas fichas, os exercícios até a explicação é da Internet. Não produzem nada, copiam, copiam e copiam. Eu já encontrei várias vezes textos na Internet exactamente iguais a aqueles que eu havia recebido das mãos do docente, e para piorar aquela informação estava errada. Qualquer lunático pode publicar uma receita de bolo e chamar isso de trabalho cientifico, e eu (o otário) vou lá, copio e despejo para o meu discente.

Mas bem haja aos docentes dedicados que amam seu trabalho e redigem seus próprios planos temáticos e material para cada semestre, fazendo justiça à sua formação. Só não compreendo porque não disponibilizam seus trabalhos na Internet. Afinal de contas já não estamos na época das cavernas.

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Dá a impressão de que o nosso país só sabe copiar o que não presta dos outros países. Copiamos a forma de dançar dos brasileiros, copiamos a forma de falar, copiamos seus artigos na Internet e usamos para dar aulas, usamos nas monografia, nos trabalhos, nos TPC, copiamos tudo mas não copiamos a ideia de publicar nossos próprios textos académicos na Internet. Eu particularmente estou cansado de ver a palavra “planejamento” nas minhas brochuras – é planeamento. O professor copia e nem se dá ao trabalho de adaptar o texto ao português falado em Moçambique.

Este é o meu desabafo para o dia de hoje. Que venham as pedras!