O rapper angolano Luaty Beirão terminou a sua greve de fome nesta terça-feira (27), depois de 37 dias sem comer em protesto contra a sua prisão preventiva e a de outros 14 ativistas angolanos, há quatro meses detidos, por alegadamente estarem a preparar um golpe de Estado e um atentado contra o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
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Estou inocente do que nos acusam e assumo o fim da minha greve de fome. Sem resposta quanto ao meu pedido para aguardarmos o julgamento em liberdade, só posso esperar que os responsáveis do nosso País também parem a sua greve humanitária e de justiça. De todos os modos, a máscara já caiu. A vitória já aconteceu”, diz o artista luso-angolano na carta que dirigiu aos companheiros de prisão.
Luaty Beirão exigia aguardar o seu julgamento em liberdade, depois de acusado pela justiça angolana de actos preparatórios para uma rebelião e para um atentado contra o Presidente angolano. A justiça angolana mantém 15 pessoas detidas em prisão preventiva e mais duas jovens em liberdade provisória, todos acusados do mesmo crime. O julgamento está agendado para 16 de Novembro, num tribunal de Luanda.
A “Carta aos meus companheiros de prisão” assinada pelo Rede Angola, citada pelo Rede Angola, é destinada aos que acompanham Beirão nesta acusação e que estão detidos há três meses em diferentes prisões (actualmente estão todos no hospital prisão São Paulo), acusados de “actos preparatórios para prática de rebelião e atentado contra o Presidente da República”.
Apesar de parar a greve de fome, Luaty Beirão garante que não vai desistir de lutar ou abandonar os companheiros e todos os que expressaram solidariedade pela sua causa.
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