Énia Lipanga é uma poetisa moçambicana que começou a escrever há sensivelmente 10 anos, sendo que profissionalmente há oito. Deu os seus primeiros passos num concurso organizado pela escola onde frequentou e, posteriormente, foi eleita para júri do mesmo. Com duas obras escritas, nomeadamente, “Orgia no Mercado Janete” e “Vida de Moçambique, que pretende lançar no ano em curso, 2015, Énia considera-se uma artista comprometida com a poesia, e coloca-a na segunda posição da lista do que mais idolatra, depois de Deus. Além da versatilidade que a caracteriza como escriba, ela mostra versatilidade noutros arcos de actividades, como o jornalismo onde tem o papel de repórter, editora e colunista de fofocas.

Numa entrevista com o MMO, a versátil e promissora poetisa revelou que a mídia moçambicana não abre espaço para uma divulgação plena da literatura, principalmente da poesia.

“Estamos a sentir uma falta de colaboração, ou se quisermos, falta de abertura de espaço. Algumas rádios nas quais submeti o projecto “Palavras são Palavras”, dizem que por serem comercias, não podem encaixar lá um programa exclusivamente literário – que chega a ser para um pequeno público. Contudo, as rádios preferem, no lugar de enquadrar um programa virado à literatura, passar músicas, que na sua óptica estão a “bater”, algo que eu repudio. Tive que participar em muitos programas de hip-hop para poder declamar”, desabafou.

Recomendado para si:   Taís Araújo é vitima de racismo