E mais uma vez levanto a voz para contestar a miserável atitude dos promotores de eventos e seus seguidores. E mais uma vez, saliento de que é hora de dizer basta a actos desse género, que têm contribuído para a degradação do nosso “Eu”patriótico, para a vergonha de uma bandeira!

E quem são os apóstolos dessa catástrofe? São os promotores de eventos, são os locutores e Dj’s das rádios, és tu, meu  caro cidadão Moçambicano. Que deixa o G2 cantando para os seus familiares e amigos, e vais ajudar na super lotação do espectáculo do Yuri da  Cunha, acompanhado por algum artista nacional, para te fazer pensar que estás no Moz Angola, qual quê? Nem se quer vês a hora do tal sair do palco, para vibrares ao som dos tais convidados “ilustres’’, a quem os nossos promotores de eventos prestam vassalagem!

Recentemente, pelos 125 anos da nossa tão amada, estimada e sofrida cidade de Maputo, os promotores de eventos, em parceria com o conselho Municipal da cidade de Maputo, resolveram dar um concerto para homenagear a cidade capital da Pérola. É justo! Mas  quem era a cereja no topo do bolo? Nada mais e nada menos que ,Os Kalibrados. Como diriam os nossos mais velhos, Massinguita Só!

Promotores de Eventos em Moçambique Continuam a Meter Água...

Como é que se explica uma atitude dessas? Como é que, em um dia tão especial para uma nação, a nossa nação, o momento especial da noite seja destinado a um  estrangeiro? Que nada de Moçambicano traz para para os milhares de Moçambicanos que se reuniram para celebrar algo em comum? Como? Como aceitar um desaforo desses em nossa própria casa? Não chamaram o Dilon Ndjindji, não foi o Xidiminguana, não foi o António Marcos, e nem  os Djakas… foram os Kalibrados! Que, como diria um amigo meu “foram mostrar que a relação deles com os promotores de eventos Moçambicanos, Tem melaço”, pedindo para que “Não parem” ”Toca no fundo”  E lá se foi Maengane, lá se foi Delefina, chorou o Jeremias Ngwenha, “Vada voxe, va sula mi nomo, vai funissa ku rhila” (comem sozinhos, limpam as bocas, e ajudam-nos a chorar).

E no final do concerto? Os nossos irmãos exibem aos  convidados, que ,“Vive-se bem em Maputo” postam fotos nas redes sociais, ao lado dos “ilustres”, com “arrogância dourada”, “Afinal quem manda em Maputo?”.Pois é, quem manda em Maputo?

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Eis a resposta: Quem manda em Maputo, nas rádios de Maputo, nos concertos em Maputo, na aparelhagem da tua casa, no reprodutor do teu automóvel, no teu celular de último grito, no teu MP3 Player são os Kalibrados, é Yuri da Cunha, é o Fabio Dance, O Puto Portugues, a/o Titica  e toda malta “Mangole”!

E quem os serve? És Tu, meu caro “dono do swagg” que passa a vida a exagerar és tu, minha pequena adolescente, que abandona o Ziqo para ir ver o Fabio Dance. És tu, Dj  que passa a noite toda bombeando Semba, Kuduro, Kizomba, e Hip Hop Angolano.

São você, os promotores de eventos, que estão preocupados com os vossos bolsos, que estão pouco se lixando para a nossa cultura, para os nossos artistas. Que fazem com que  estes se sintam estrangeiros em seu próprio solo! Pois deixam eles apanhando chuva, alegando que ,”não há mais espaço” concedem a eles “migalhas do tempo” nos concertos, pois o Angolano tem de cantar as vinte e tal musicas que estão a bater.

Massinguita, Massinguita e mais Massinguita  assim vais tu, contribuindo para a vergonha da tua Mãe, que se chama MOÇAMBIQUE!? Mas que tu insistes em dar alcunha, apelidando-a de “Moz Angola”, e que, infelizmente,  os teus irmãos adoptam e assim vai a pérola, caminhando cegamente e quando for a tirar a venda, já teremos o nosso hino trocado!
Deixo aqui a lista dos cantores que foram convidados para actuar na festa alusiva  ao dia da independência, em Angola:

Yuri da Cunha, Zona 5, Danny L, C4, Pedro, Yola Araújo, Cage One, Eddy Tussa, Anselmo Ralph, Pérola, JD, Nagrelha e Lukeny Bamba, Tuneza, DJ Callas, Malvado e mais  um numero significativo de cantores angolanos!

Porque não está nenhum irmão Moçambicano? Onde está o Richard? O Wazimbo? A Neyma? Se as relações entre os Moz e os Mangolês são tão boas? Mais palavras para quê?

Como eu digo sempre: “se não formos a lutar contra isto, daqui a mais alguns anos, teremos em nossa nação, uma bandeira, leis… e um povo sem alma”.