A Hepatite A existe de uma forma hiperendémica na maior parte do mundo, é causada por um vírus que pertence à família Picornaviridae e o ser humano é o único reservatório do mesmo.

Nos países onde a doença é rara, a transmissão é principalmente feita de pessoa para pessoa (crianças em instituições, toxicodependentes), enquanto nos países onde a doença é mais prevalente, a transmissão é feita indirectamente por via fecal-oral ou através da água e alimentos contaminados. A doença não se distingue de qualquer outra hepatite viral, não evolui para a cronicidade e tem um período de incubação de 2-7 semanas.

O maior risco para viajantes não imunes existe nas viagens para África, América do Sul, Sudeste Asiático e para o subcontinente Indiano. Nestas zonas >70-90% da população será seropositiva para esta infecção desde os 5 anos de idade. O risco para os viajante não imunes e sem profilaxia nestas zonas é calculado em 2% para “turistas de mochilas” e 0.07-0.3% para turistas alojados em bons hotéis e por cada mês de estadia.

Prevenção

Medidas gerais: os viajantes devem evitar o consumo de alimentos e bebidas potencialmente contaminadas. Para mais informação ver “Água e Alimentos” na secção “Cuidados”.

Vacinação: aconselha-se a vacinação contra a Hepatite A, a todos os viajantes, independentemente da duração da viagem, para todos os destinos fora da Europa, América do Norte, Austrália, Nova Zelândia e Japão. Na Europa recomenda-se a vacinação de todos os viajantes para a Albânia, Roménia, Bulgária e países da ex-Jugoslávia, bem como, em caso de permanência prolongada, nos países Bálticos, Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia. A vacina é constituída pelo vírus inactivado, sendo segura e com uma eficácia superior a 95%. A revacinação deve ser feita no período compreendido entre 6-12 meses após a primeira dose.