A grife italiana Dolce & Gabbana lançou a coleção Abaya, que é composta por túnicas negras e de cores neutras (cujo nome em árabe é Abaya) e de véus (os hijab), destinadas à mulheres muçulmanas.

Assim como é determinante pela religião muçulmana, os trajes cobrem todo o corpo, excepto a cara, pés e mãos. Embora sejam escuros, possuem toques de pedraria, bordados e aplicações delicadas. Há também algumas túnicas mais ousadas, com leve transparência e estampas.

O interessante é que a nova linha também está em harmonia com o resto da coleção, cuja aposta é a primavera, em especial as margaridas, limões e as rosas.

A primeira publicação da grife foi a revista Vogue Arabia, versão da bíblia da moda para o mercado oriental. Stefano Gabbana mostrou também a coleção em sua conta no Instagram e, claro, rendeu bastante polêmica. Alguns acham que é um incentivo ao conservadorismo e opressão à mulher, outros defendem que é uma ostentação que vai contra a religião. Mas houve também quem defendesse a pluralidade da marca.

No entanto, engana-se quem acha quem D&G é a primeira grife a apostar no nicho que movimenta US$266 bilhões no mercado de luxo por ano, segundo a revista Fortune. A cifra é maior do que Japão e Itália gastam juntos. A espera ainda é que esta cifra duplique. Outras marcas como Armani, Calvin Klein o Prada já produzem linhas de panos que podem ser usados como hijab.  Mas foi a Donna Karan New York que foi pioneira ao lançar a coleção Ramadan em Julho de 2014 com prendas que cumpriam as normas islâmicas.

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