A lua tinha uma filha luminosa e pronta para se casar. Certa vez, um jovem estrangeiro apareceu, desejando sua mão em matrimônio. A lua questionou-o sobre a viabilidade do casamento, dado que ele era estrangeiro, não compartilhando dos costumes locais como o consumo de ratos, carne de porco, e cerveja, além da habilidade de pilar. O estrangeiro assegurou que tais diferenças não seriam obstáculos, pois sua noiva poderia manter suas tradições e que suas irmãs compensariam a falta de habilidade dela em pilar.
Convencida, a lua concedeu a mão de sua filha, que foi levada para a nova casa. O estrangeiro explicou à sua mãe que a esposa mantinha costumes diferentes, mas que deveriam aceitá-la como era, inclusive a sua inexperiência com o pilão.
Quando o marido partiu para uma caçada, suas irmãs convidaram a nova cunhada para aprender a pilar junto ao rio, o que a fez chorar, aflita por estar sendo forçada a adotar uma prática desconhecida. Apesar de seus protestos, insistiram para que ela tentasse.
Enquanto tentava pilar, a tristeza da jovem era tão intensa que suas lágrimas corriam livremente. Lamentando a distância de sua casa materna, onde nunca precisara realizar tal tarefa, ela e o pilão começaram a afundar misteriosamente no solo, entre as pedras que se abriam para recebê-la, até que desapareceu completamente.