Hoje acordei todo “assustado”. Motivo? Tinha consulta marcada com a Dra, uma vez que estou a passar por um tratamento para ver se fico com o joelho em dia. Eu prometi pra mim mesmo que quero ser o melhor a educação física… não posso falhar! Ok, acordei sem moral, mas tinha de acordar. Olhei para as seringas que eu próprio comprei, senti um frio na espinha. Muito cuidadosamente desci até ao primeiro piso, onde um colega meu me esperava com um sorriso nos lábios. Mostrei-lhe as seringas, olhou-me com “pena”, aquela pena escarnecedora “sinto muito meu amigo”. E lá fomos nós ao matadouro.Chegados lá, calçados os “sapatos” plásticos, para evitar sujeira na clínica, subimos até ao andar onde iria decorrer a tortura.

Sentia-me a tremer, quase que não andava, arrastava-me… Céus, dou de cara com a Docente de Inglês, que tanto trabalho nos deu. Meu colega que havia passado por uma segunda chamada na disciplina dela, teve de a cumprimentar sorrindo. Eu nem liguei pra essa Mer**, estava com medo, e nem ela, nem a Rainha Elizabeth me importavam.Peguei meus documentos e fui “à cadeira eléctrica”, a Doutora velha com olhar experiente pegou nas “drogas” que eu trazia, conferiu e disse:
– Está tudo bem miúdo.
– Não falta nada, não?
– Não, agora arreia isso?
– Isso o quê?
– Baixe as calças Malodetsi (Rapaz).
No minuto seguinte mostrei minha bela bunda à Doutora, com receio de que ela pudesse se apaixonar, seria o caos, ainda se engraçava com ela e me jogava na cama, enquanto me obrigava a tirar-lhe as teias… Céus, baixei as “jeans” a tremer, ela julgou que fosse o medo da agulha e tentou tranquilizar-me:
– Malodetsi (Rapaz) não vai doer nada, relaxa – Disse-me enquanto esboçava um sorriso.
Sorriso esse que não me tranquilizou nem um pouco. Eu sabia, conseguia ver nas fuças da velha que no coração ela dizia “aguenta firme meu menino torradinho, isto vai doer um pouco só”Minuto seguinte, eu com as calças por baixo da bunda, fazendo o sinal da cruz da língua… preparava-me para receber o intruso que temia em me visitar, para ter relações sexuais com o meu joelho. Foram breves instantes, mas nesse pequeno suspense, lembrei-me de todas as vezes em que me levavam ao médico para enfiarem-me ”berbequim” na bunda… até das vezes em que a minha velha metia-me supositório. Raios, não gostava nada daquela patifaria plástica.O romance com o meu baú de lembranças foi interrompido pelo toque de um intruso em meu ser. Senti a minha dor gemendo suavemente “Huaaaaaauuuuuaaaaaaa” tentei não exteriorizar a multidão de gemidos que existiam em meu interior. Seguidamente a Pica “ejaculou” , “fiuimmmmmm” senti um gelado percorrendo-me a bunda inteira, subindo-me a espinha. Milhares de espermatozóides medicinais invadiam o meu eu, tentando emprenhar o meu joelho.”Orabumba”… a velha olhou para mim sorrindo e perguntando:
– Malodetsi, doeu?
– Não Dra, não foi nada – obviamente que mentia.
– Então pegue nisto e não se esqueça de aplicar a pomada no joelho.
– Com certeza Dra, assim o farei.
Peguei nas minhas drogas e sai do gabinete. Dou logo de cara com o meu colega. O cara de pau ainda tem lábia para me perguntar:
– Como correu?
– Um canguru fez magia, não doeu nada. Ainda recebo uma boa chupada da Velha.
– Ha ha ha ha tudo bem meu caro, mas ainda há 4 chupadas. Amanhã não virei contigo, então, porta-te bem!
Saímos, apertamos-nos as mãos e cada um foi à sua.Chego a casa arrastando-me, subo as escadas refilando pelas minhas amadas nadecas,ou nádegas, ou cadenacas… foda-se, quero lá saber do nome. A verdade é que a padaria fervia! E ainda estava na primeira Violação. Maldita Dra, olhava para mim e sorria, o que ela queria dizer com isso? A resposta não tardou aparecer, nos minutos que se seguiram, comecei a sentir-me em contacto com a Jamaica. Danem-se as agulhas, aquela Dra é a mais levada que eu ja conheci. Agora entendo seu sorriso “Malodetsi torradinho, você vai amar isto, não há melhor coisa depois do orgasmo. Quer ir à Jamaica? Arreie as calças, e sinta esta chupeta “Bendita Dra, se assim for que venham as Violações, pois neste exato momento em que te escrevo, eu te amo. Faltei à faculdade, carta branca pra estar em casa refastelado, na net, ainda por cima sentindo-me nas nuvens no embalo de Bob Marley… Céus, Dra. eu te amo. Oh Jah…

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Emerson David de A. Chiloveque, 24 anos de idade, nacionalidade moçambicana. Estuda Relações Internacionais e História, em Tula, Rússia. Assumiu-se escritor amador há 2 anos. Chil escreve contos, crónicas e artigos para jornais e blogs. Enamorado pela arte, Chil encontrou na escrita a paz que precisa para contribuir para o desenvolvimento e enriquecimento cultural da humanidade.

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