A cidade de Inhambane é desde ontem a capital da cultura moçambicana, ao acolher o VIII Festival Nacional da Cultura, que decorre sob o lema “Unidade na Diversidade Cultural, Inspiração para a Construção da Moçambicanidade”.
O evento para além de ser o ponto mais alto da exposição da cultura moçambicana revelou ser o momento de exaltação da auto-estima dos moçambicanos.
O Presidente da República Armando Guebuza, classifica o evento como sendo um elemento catalizador da unidade nacional na medida em que aglutina todas as manifestações artístico-culturais do país.
“Estas diferentes manifestações tornam os moçambicanos um povo unido através do propósito de fazer da sua diversidade cultural uma força motor da auto-estima dos moçambicanos para a consolidação da moçambicanidade”, disse Armando Guebuza do interior do Campo de Muelé, local que acolheu as cerimónias de abertura do festival.
O festival segundo afirma o Presidente da Republica constitui um veículo de transmissão do sistema de valores de geração em geracao, para além de ser uma oportunidade para a exibição das potencialidades culturais.
A cerimónia de abertura do evento contou com a declamação do poema laudatório oficial na voz do jovem Júlio Malambe, que com versos enalteceu os feitos do Presidente da República para a construção do país. Recuando no tempo para recordar o sacrifício pelo qual os moçambicanos passaram para a libertação do país do domínio colonial, incluindo o próprio Chefe do Estado, que foi preso, na década 60, na penitenciária de Mabalane, em Gaza, quando procurava chegar a Tanzania, onde iria se juntar aos outros companheiros, para juntos combaterem o regime colonial português.
Exibindo um semblante alegre Armando Guebuza felicitou por seu turno a província de Inhambane e a todos os fazedores da cultura, pelo alto nível de organização deste evento, e assumindo que nenhuma tarefa e exequível por si so acrescentou que a forma como os membros da equipa se complementaram na realização desta missão, deixa uma grande lição para os moçambicanos.
Na ocasião, Armando Guebuza saudou igualmente os líderes comunitários, pelo seu empenho na preservação da cultura e na implantação de novas florestas que se posicionam como farmácia verde.
O festival iniciou com o desfile das províncias e das cinco delegações estrangeira, nomeadamente Suazilândia, França, Turquia, Egipto e Maurícias.
Refira-se que das manifestações culturais a serem exibidas durante os seis dias do festival, destacam-se as danças Niketxe e Tufo de Nampula, Mapiko de Cabo Delgado, Xigubo e Marrabenta de Gaza e Maputo, respectivamente, assim como a Utsi e Chioda de Manica e Niassa, tidas como expressões passíveis de serem proclamadas pela UNESCO, como património oral e imaterial da humanidade.