Morreu ontem (14), o actor Nicolau Breyner aos 75 anos, com mais de 55 de carreira: foi actor, produtor, realizador e uma das figuras mais populares da ficção em Portugal. Segundo fonte oficial da assessoria do actor, morreu em casa, de “causas naturais”, ao que tudo indica de ataque cardíaco.
Nascido em Serpa, no seio de uma família de proprietários agrícolas, Nicolau Breyner acabou por se mudar para Lisboa com os pais, onde estudou canto e participou no coro da Juventude Musical Portuguesa, enquanto estudava no Liceu Camões.
Estreou-se como actor pela mão de Ribeirinho, na peça Leonor Telles, de Marcelino Mesquita, levada à cena pelo Teatro Nacional Popular. Acabou por enveredar pelo teatro cómico, junto de Laura Alves.
O seu primeiro programa televisivo, Nicolau no País das Maravilhas, teve tremendo êxito junto do público, sobretudo pela rábula “Senhor feliz e Senhor contente”, protagonizada pelo próprio Nicolau e por um jovem actor, então desconhecido, Herman José.
O actor estava desde Outubro a gravar a telenovela A Impostora, para a TVI, que ainda não estreou, e tinha viagem marcada para o Brasil. A sua morte repentina chocou o mundo das artes e não só. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou os seus sentimentos pela morte do actor.
“A missão do actor é simplesmente emocionar as pessoas. Levá-las ao riso ou às lágrimas. Fazer com que nos odeiem ou nos amem. Enfim…. É fazê-las sonhar. Quando isso acontece, a vossa missão está cumprida“. A frase, de Nicolau Breyner, inscrita no site da escola de actores, Academia, que fundou, possivelmente sintetiza o trabalho de uma vida ligada à representação, ainda que com um desvio pela política.
RTP